Dia do samba

Eu adoro samba. Poucas coisas na vida são tão boas quanto fazer parte de uma roda de samba com amigos, aquela cervejinha gelada misturada com um tira-gosto bem nordestino de preferência. Mesmo sem nenhum talento, cantarolar no compasso do atabaque, versos inflamados de alguns gênios como Gonzaguinha, Benito di Paula, AGP, Paulinho da Viola, Paulo Diniz, Chico Buarque, Jorge Aragão, Martinho da Vila, Zeca Pagodinho, Beth Carvalho, João Nogueira, Alcione, Dudu Nobre, Nara Leão e por ai vai...

Se ficasse aqui citando seria complicado. Tantos outros nomes que estão surgindo como Moyseis Marques e Luca Bulgarini. E são desses dois últimos que trago boas dicas. Artistas que sabem fazer uma música gostosa de se ouvir, ricas em letras e instrumentos.


Moyseis Marques
Mesclando repertório autoral com clássicos do gênero, Moyseis trafega com naturalidade entre o ancestral e o contemporâneo, de Jackson do Pandeiro a Luis Carlos da Vila passando por Paulo César Pinheiro, Dona Ivone Lara e Paulinho da Viola.

Bambas como Elton Medeiros, Zé da Velha, Silvério Pontes, Zé Paulo Becker, Paulão Sete Cordas marcam presença num álbum que aponta caminhos para o novo samba, mais para a ousadia que para a reverência.


Luca Bulgarini
O trabalho do violonista Luca Bulgarini foi sempre pautado na música popular brasileira e principalmente na música instrumental.

Seu novo CD leva o nome de "A partir de agora", nele, além de contar com excelentes músicos, tiveram as participações especiais de Toquinho e Paulinho Nogueira.

Só por curiosidade, o dia do samba foi instituído pela Câmara de Vereadores da cidade de Salvador em 1940, como parte das homenagens ao compositor Ary Barroso, que um ano antes lançara "Aquarela do Brasil", com certeza a música mais conhecida, executada e regravada fora do Brasil.