Segundo Lu Maia, coordenadora do Casarão 34, unidade cultural da Funjope, o edital de 2009 previu a inscrição em dois envelopes: um com a inscrição do artista e outro com o projeto da obra. Somente após a seleção da obra é que se conheceu o seu autor. Dessa primeira experiência, foram selecionadas obras de seis artistas plásticos nascidos na Paraíba. O próximo edital, conforme Lu, já está em fase de preparação. “A partir do que aprendemos no primeiro concurso, aprimoraremos o edital, que se tornará ainda mais democrático”, diz ela.
As obras já instaladas são: “As Bênçãos à Nossa Senhora das Neves”, de Marco Aurélio Damaceno, na giratória de Mangabeira; “Revoar”, em frente ao Bessa Shopping, no Bessa; “Sinergia”, de Sidney Azevedo, na Estação Cabo Branco; e “Cavaleiro Alado”, de Wilson Figueiredo, na giratória do Centro de Tecnologia da UFPB. A próxima a ser instalada será “Saudação ao Sol”, no Largo da Gameleira, Tambaú, de autoria de Erickson Britto. Por fim, a obra “Guardiã da Cidade”, de Evanice Santos, tomará o seu espaço – ainda não definido pela PMJP.
Cultura e educação – O I Concurso Jackson Ribeiro de Arte Pública teve o objetivo primordial de incentivar a produção artística local, dando oportunidade democrática aos escultores paraibanos. “Além disso, embelezamos a cidade e contribuímos para desenvolver, na população, a cultura de apreciação de obras de arte em exposição permanente na cidade”, diz Lu Maia.
O concurso homenageou o artista plástico Jackson Ribeiro, considerado a maior expressão da escultura nacional das décadas de 1960 e 1970. O artista, nascido em Teixeira, ganhou todos os prêmios possíveis para um escultor, entre eles a Bienal de São Paulo e o de Viagem ao Estrangeiro do Salão Nacional de Arte Moderna, o mais cobiçado de todos.
A obra mais famosa – e também a mais polêmica – de Jackson Ribeiro é “O Porteiro do Inferno”, escultura de metal fundido de dois metros de altura, que hoje se encontra em uma das giratórias da UFPB. Instalada em 1967, num canteiro entre a 1ª Igreja Batista e o Liceu Paraibano, se chamava originalmente “O Porteiro”; o acréscimo “do Inferno” foi dado pelo poeta e boêmio Virginius da Gama e Melo. O apelido se tornou público e marcou o inicio da polêmica.
Secom JP
Parabéns Jackson.
ResponderExcluirForte expressao em sua arte!
Interessante este trabalho "o porteiro do inferno". Um trabalho que fica entre uma igreja e um liceu, e possui um nome desses, precisa, no mínimo, ser observado com mais atenção!
ResponderExcluirEssa polêmica gerada por esse trabalho é altamente saudável. Faz pelo menos as pessoas refletirem criticamente sobre a decadência do ensino e a decadência da Igreja diante do mundo moderno.
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