Macaxeira, aipim, aipi, castelinha, mandioca-doce, mandioca-mansa, maniva, maniveira, pão-de-pobre, aiapuã, caiabana ou caarina. Não interessa como ela é conhecida, o importante é que no nordeste ela reina em pratos como tapioca, bobó, bolinhos, farofa, paçocas, pão-de-queijo, pirão, queijadinha, vaca atolada e outros. Mas você sabia que também existem mitos sobre essa poderosa raiz?
O folclorista Câmara Cascudo regista alguns:
A índia Mani
Nasceu uma indiazinha linda e a mãe e o pai tupis espantaram-se:
- Como é branquinha esta criança!
Chamaram-na de Mani. Comia pouco e pouco bebia. Mani parecia esconder um mistério. Uma bela manhã, Mani não se levantou da rede. O Pajé deu ervas e bebidas à menina. Mani sorria, muito doente, mas sem dores. E sorrindo Mani morreu. Os pais enterraram-na dentro da própria oca e regaram a sua cova com água, como era costume dos índios tupis, mas também com muitas lágrimas de saudade.
Um dia, perceberam que do túmulo de Mani rompia uma plantinha verde e viçosa. A plantinha desconhecida crescia depressa. Poucas luas se passaram e ela estava alta, com um caule forte que até fazia a terra rachar ao redor.
- Vamos cavar? - comentou a mãe de Mani.
Cavaram um pouco e, à flor da terra, viram umas raízes grossas e morenas, quase da cor dos curumins, nome que dão aos indiozinhos. Mas, sob a casquinha marrom, lá estava a polpa branquinha, quase da cor de Mani.
- Vamos chamá-la de Mani-oca. - resolveram os índios.
Transformaram a planta em alimento. A lenda de Mani foi registrada em 1876, por Couto de Magalhães. Câmara Cascudo acrescenta que o nome mandioca advém de Mani + oca, significando casa de Mani.
Zatiamare e Kôkôtêrô
Entre os parecis, povo de Mato Grosso a história é a seguinte: Zatiamare e sua esposa Kôkôtêrô tiveram um par de filhos - o menino Zôkôôiê e uma menina, Atiolô - que era desprezada pelo pai, que a ela nunca falava senão por assobios. Amargurada pelo desprezo paterno, a menina pediu à mãe que a enterrasse viva; esta resistiu ao estranho apelo, mas ao fim de certo tempo, atendeu-a: a menina foi enterrada no cerrado, onde o calor a desagradou, e depois no campo, também lugar que a incomodara.
Finalmente, foi enterrada na mata onde foi do seu agrado; recomendou à mãe para que não olhasse quando desse um grito, o que ocorreu após algum tempo. A mãe acorreu ao lugar, onde encontrou um belo e alto arbusto que ficou rasteiro quando ela se aproximou; a índia Kôkôtêrô, porém, cuidou da planta que mais tarde colheu do solo, descobrindo que era a mandioca.
O peixe Bagadu
Entre os bacairis a lenda conta de um veado que salvara o bagadu (peixe da família Practocephalus) que para recompensá-lo deu-lhe mudas da mandioca que tinha ocultas sob o leito do rio. O veado conservou a planta para alimentação de sua família, mas o herói dos bacairis, Keri, conseguiu pegar do animal a semente que distribuiu entre as mulheres da tribo.
Cultivo da Mandioca
Oi Marcos,
ResponderExcluirBem interessante seu post. Já conhecia a a lenda da Mani, acho linda.
Um abraço Dalinha
Oi Dalinha, eu não conhecia não. Achei interesante e resolvi colocar aqui. Abraços.
ResponderExcluirMuito interessante a história da mandioca.
ResponderExcluirAh,parabéns pelo blog, tá nota 1000!
Ah, vim avisar que tem prêmio pra vocês(s)lá no meu blog
http://glaukitos.blogspot.com
Confiram a lista dos 15 blogs escolhidos.
Tenha(m) um ótimo FDS.
Sucesso sempre!
Parabéns pelo blog, se possível gostaria de saber de músicas que trate da Mandioca, da farinha de mandioca... obrigado
ResponderExcluirsergiocsousa@yahoo.com.br
adorei esse post.muito interessante
ResponderExcluiroi gostei muito desse blog eu tenho 07 anos e esse blog serviu como fonte de pesquisa para um trabalho de pesquisa.
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