Tenho um compadre cabuloso que só (cheio de nós pelas costas), mas estribado feito a murrinha. Encarnou bem um mês em mim, adulando pro mode eu espiar a trepeça de um computador “rochedo” que ele tinha comprado. O cabra tava tão azoretado com o mondrongo, que passava o dia escanchado nele e a noite sem cochilar (feito tetéu).
Não arredava o pé nem pra ir no aparelho e chega ficou mofino de não comer. Até que eu criei coragem pra avoar da rede, amontar na magrela, deixar de ser tratante e não farrapar mais com ele. Cheguei impando na casa do infeliz. Pipocando de suor, bufando de tão esbaforido e com a calça descosida no parreco (do esfregado da cela de mola).
O compadre me deu um abano e uma meiota de garapa (pra abaixar o mormaço), conversou um tanto de miolo de pote e disse, apontando pro bicho, “Tu visse? É cabaço!”. O tribufu medonho parecia uma televisão encangada com uma máquina de escrevinhar. Tinha até transformador! Só que o controle remoto era apregado num fio... Foi aí que eu atinei porque o infeliz não saia de riba do cafinhoto.
Depois de afolozar uma ingrisia, encarcar um negócio do coisa e catucar num botão, começou a passar a calunga se bulindo de uma rapariga (amostrando a periquita) e a estampa de uma quenga com a saia alevantada (aparecendo o oiti). Bem nessa hora chega a nêga véia dele desplanaviada (saída não sei de onde) e danou-se foi tudo! Era uma cabritinha zarôia e guenza, com um dente faltando, o outro cariado e já buchuda, mas braba que só um siri na lata (parecia uma capota choca) e berrando feito uma gasguita. Avalie!
Deu-lhe um muxicão e um esporro do estupor, avacalhando o miserento com gosto de gás: “É por isso que tu não quer mais xumbregar comigo! Né, estrupício?”. Fiquei meio aguado, tapeando pela beirada do birô e me fazendo de alesado (pra o quiproquó não sobrar pra mim), sem poder nem acudir. Mas tu pensa que depois disso o sonso do maluvido se aperreou? Largou foi da mulher, mas não deixou o computador nem com a pleura!
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