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Improvisos de Severino Feitosa X João Paraibano a propósito da bandeja que corre na platéia durante a cantoria pra recolher dinheiro pros cantadores
Mote: A bandeja é necessária, não tenha raiva de mim
Severino Feitosa
Eu faço a transformação
da cantiga sertaneja,
para falar da bandeja,
que é a nossa salvação,
já circulou no salão,
pra nossa crise ter fim,
cantiga boa é assim
repercute em qualquer área.
A bandeja é necessária,
não tenha raiva de mim.
João Paraibano
Repentista é andorinha,
quando não voa, veleja,
necessito da bandeja
na presença sua e minha,
eu com dinheiro não vinha,
como estava liso, vim,
se eu não ganhar, acho ruim
saio pobre dessa área.
A bandeja é necessária,
não tenha raiva de mim.
Severino Feitosa
Porque o nosso repente
é a arte de viver,
não sonho com o poder
e nem de ser presidente,
já ganhei tanto presente,
que a crise teve fim,
se continuar assim
faço até reforma agrária.
A bandeja é necessária,
não tenha raiva de mim.
João Paraibano
Não vamos perder a paz,
quando a renda não aumentar
tem um que bota cinquenta,
um outro, cinco reais,
nós todos somos iguais,
entre o começo e o fim,
entre o grande e o mirim,
não vejo estrada contrária.
A bandeja é necessária,
não tenha raiva de mim.
Severino Feitosa
Não canto por outras zonas,
minha arte, é a cantoria,
eu vivo de poesia,
as musas são minhas donas,
não quero ir pra o Amazonas,
pra sofrer com maruim,
que eu não sou guaxinim,
para morrer de malária.
A bandeja é necessária,
não tenha raiva de mim.
João Paraibano
Meu povo não seja ingrato,
entenda os dois menestréis,
se não tiver cem, seus dez
já enfeitam nosso prato,
se eu não poder ir de jato,
voando igual Zé Pelim,
pego a Itapemirim,
fora da rodoviária.
A bandeja é necessária,
não tenha raiva de mim.
Severino Feitosa
Eu vim mostrar o meu dom,
realizando esse show,
toda galera pagou,
pagou até o garçom,
esse exemplo é muito bom,
que ajuda ao nosso festim,
nossa casa é sempre assim,
sempre foi mais atuária.
A bandeja é necessária,
não tenha raiva de mim.
João Paraibano
Meu povo por caridade
me perdôe que eu sou pedinte,
se não quiser me dar vinte
divida, dê-me a metade,
que não tem propriedade,
pra plantar palma e capim
adule governo ruim,
pra fazer reforma agrária.
A bandeja é necessária,
não tenha raiva de mim.
Fonte: Jornal da Besta Fubana
Nunca deixe de correr/
ResponderExcluirA bandeija no salão/
Da dupla é a salvação/
Na bandeija você ver//
Quem coopera com você/
Dando a contribuição//
Pagamento não é não/
É um gesto de ajudar/
Aos poetas pagar/
Transporte e alimentação./
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//Anizio
Sem bandeija não tem graça/
ResponderExcluirPra se ouvir cantador/
A bandeja traz humor/
Seja em casa ou na praça/
Sem bandeja e sem cachaça/
Os repentes é muito pouco/
Mas com bandeja com troco/
Tem repente apimentados/
Vendo cair uns trocados/
Se canta até ficar rouco./
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//Anizio, 16/08/2008
Meu cumpadre Anizão, você é um talento! Peço autorização para divulgar seu trabalho nesse espaço. Grande abraço.
ResponderExcluirMarcos aqui estou voltando/
ResponderExcluirVoltei para os versos ler/
Mas preciso agradecer/
Você está divulgando/
Aos poetas incentivando/
A divulgar suas obras/
Na página você não cobra/
Pois gosta da poesia/
Gesto que dar alegria/
Pra mim é satisfação/
Daqui mando um abração/
Eu voltarei qualquer dia.
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//Anizio, 19/09/2008.
/
Valeu Anizão! Como sempre dando show. Abraços e um bom fim de semana.
ResponderExcluirO poeta que escreve é pensador/
ResponderExcluirVai pensando no tema e escrevendo/
Se errar ele apaga e faz remendo/
Assim faz um poeta escrevedor/
Não é bom como improvisador/
Com caneta ele é bom pra divulgar/
Os seus contos poeticos popular/
Mas poetas merecem o paraiso/
Repentista faz tudo de improviso/
Sem demora tem resposta para dar./
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//Anizio, 09/11/2008
O poeta que escreve é pensador/
ResponderExcluirVai pensando no tema e escrevendo/
Se errar ele apaga e faz remendo/
Assim faz um poeta escrevedor/
Não é bom como improvisador/
Com caneta ele é bom pra divulgar/
Os seus contos poeticos popular/
Mas poetas merecem o paraiso/
Repentista faz tudo de improviso/
Sem demora tem resposta para dar./
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//Anizoa
Sem bandeja não tem graça/
ResponderExcluirDois bons poetas cantar/
Num bom salão declamar/
De graça não tem quem faça/
Se fizer grande é a falsa/
De cantadores sem jeito/
Do Paraguai tem conceito/
Se for poeta é sem fibra/
Só arremeda a cantiga/
Botar bandeja, é um direito./
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//Anizio, 22/08/2009
/
Quem trabalha e ganha bem/
ResponderExcluirNa vida junta fortuna/
São bens que se coaduna/
Quem economisa tem/
Aos que herdar parabens/
Mas poeta só lembrança/
Dom de poeta é herança/
Que não deixa pra ninguém/
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//Anizio, 22/02/2010
Saudade é chorar sorrindo.
ResponderExcluirA saudade é sentimento
Que amarga e dar prazer
Mas faz parte do viver
Do amor é o fermento
Se é parte do tormento
Ver as lágrimas derramando
Mesmo triste vou cantando
Não posso ficar fingindo
Saudade é chorar sorrindo
Com o coração chorando.
Quem não ama não conhece
Da saudade o sofrimento
Não viveu este momento
Na noite quando anoitece
Que o coração padece
E as lágrimas derramando
Não dorme fica pensando
E no peito a dor sentindo
Saudade é chorar sorrindo
Com o coração chorando.
//Anízio, 18/08/2010
Nosso João Paraibano
ResponderExcluirNa poesia é artista
É ícone de repentista
Eu falo e não me engano
Saiba que não sou insano
Sei o valor de um poeta
Na profissão um profeta
Das ciêcias sabe tudo
Pra glosar não fica mudo
Nas cantorias faz festa.
//Anizio, 24/09/2010
Numa noite os poetas cantadores
ResponderExcluirNuma sala a noite é de alegria
Cada um glosa o mote em poesia
E os poetas demonstram seus valores
Que na arte de improviso são doutores
Cada um glosa o mote com seu fim
Se não presta o poeta é mesmo ruim
Os aplausos pra eles é coisa rara
Se a bandeja não fosse necessária
Cantoria era sem graça muito ruim.
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//Anizio
Pra quem nao me conhece eu Vou mim apresentar.
ResponderExcluirSou MArcos Thadew Filho de um Bom Lugar Chamado Pio 12, onde moro, e ate morro se um dia me tirar.