20 julho 2007

DESAFORISMOS MATUTAIS

Por Jessier Quirino

-Pedim de Mané Capado?
Me fazer uma visitinha?
Pois diga a ele que venha!
Mas que venha apetrechado
Armado e municiado

Muntado na vovózinha!

Aquilo é veado môcho
Sabuguento duma figa
Fí de pai véi espantado
Bisneto de rapariga
Fí de feme de reboque
Boiôso que nem me toque
Fabricador de intriga.

Cara de pinha amassada
Cafifento e encostão
Maracujá de gaveta
Cadáve sem oração
Esprito papagaioso
Xexêro, testiculoso
Miséra, frouxo do cão.

Aquilo não tem registro
Muito menos escritura
Não tem fí que dê o nome
Tem metro e mei de altura
Aquilo é chei de mistério
É rato de cemitério
Roubador de sepultura.

Aquilo é bicho bargado
É coice de rifle ruim
Sujeito precipitante
Comedozim de capim
Mosca de fumo seboso
Sujeitozim e pegajoso
Danisco de pituim.

Pai de chiqueiro entufado
Gerente de traficança
Não vale o peido da gata
Essa vibra sem sustança
Insosso, despimbolado
Desgovernista empurrado
Tirador de confiança.

Aquilo é veáco duro
Chupado da carochinha
Hotel de pulga e piolho
Que rouba fel de galinha
Não vale um grão de aval
E nem cocada de sal
Nem um guti de farinha.

Um bom trompaço eu dispêio
Na pessoinha do cujo
Com mantença de moral
Piso na raia e não fujo
Encaro o caceteado:
Bofetante e bofetado
Vira-latando o rabujo.

Jornal da Besta Fubana



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