20 maio 2009

O Sertanejo

O Sertanjo
(Dalinha Catunda)

O Sertanejo quando sai
Do seu querido torrão,
Só sai porque necessita,
Sai porque tem precisão.
Se fosse mesmo por gosto,
Jamais deixaria seu chão.

Nos alforjes carregados
Transporta tristeza e dor.
Saudades da lua cheia,
Das noites no interior.
Do amanhecer do dia
Com galo despertador.

Com olhos marejados,
Lacrimeja de emoção.
Quando escuta no rádio
Ou mesmo na televisão,
Canções que antes ouvia
Em seu saudoso sertão.

Dói na alma dói no peito,
É bem grande a emoção,
Do “sertanejo que é forte”,
Mas vira menino chorão,
Se sente a saudade telúrica
Batendo em seu coração.


11 comentários:

  1. Bela poesia narrando a verdade sob a migração nordestina para outras regiões.
    Se os governantes fossem mais sensatos e compromissados em buscar soluções para resolver os problemas poderia ser bem menor este êxodo.
    Sua poesia é ótima!!!!
    Um cheiro e muita paz

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  2. Obrigado pelo comentário, mas essa poesia é da Dalinha Catunda; parceira, cordelista, poetisa e acadêmica da ABLC.

    Abraços

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  3. mostra a realidade dos sertanejos que tanto sofreram e ainda sofrem, quando têm que deixar seu querido torrão para adentrar em outros mundos em busca de sua sobrevivência e de sua família.
    abraço

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  4. os sertanejo sofrem para tentar buscar uma vida -

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  5. Ora, no sertão nordestino, não existe mais tanta miséria como ainda pensam as pessoas do Sudeste e do Sul do Brasi. Desde de 2003 as coisas começaram a melhorar no sertão(graças apolítica do presidente Lula).
    Atualmente existe mais miséria e desigualdade social nas periférias das grandes cidades do Sul e Sudeste do país do que no Nordeste. Hoje, é muito mais viável viver no setão nordestino do que numa favela carioca ou paulistana por exemplo. Acho que o jornalismo brasileiro precisa mostrar mais esse lado bom do Brasil.

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  6. sou nordestina e gosto disso e tambem nao é ruim assim

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  7. voces querem ver o sertanejo de maneira diferente,entre no link pra o site desse artista, o cara sabe retratar como ninguem o povo nordestino.

    www.joaoborges.com

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  8. Prezados. Era pequeno, no curso primário, por volta de 1953. Decorei uma poesia que se iniciava assim:" Vês aquele modesto, de roupas simples, sisudo; que vai ao trote, lesto, no cavalinho peludo. E segue singelo e só, movendo a fronte bronzeada, entre o sol, por entre o pó, no leito longo da estrada..." Somente muito tempo depois conseguir que aquele ser irreal, sensível, tinha dono; e eu pensava que era José de Alencar... RaRARaRa.....

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