Uma verdadeira pérola da cultura popular brasileira. Assim poderíamos definir esse trabalho que resgatou um pouco da poesia e história desta figura lendária que é Zé Vicente da Paraíba. Um grande artista nordestino, cantador de viola e contemporâneo de outras lendas com os irmãos Batista (Lourival, Dimas e Otacílio).
Zé ganhou notoriedade nos anos 70 ao ter versos gravados por nomes como Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Elba e Zé Ramalho. Um de seus trabalhos mais conhecidos é “Quando é grande o autor da natureza”, regravado por esses mesmos artistas no CD “O Grande Encontro II”.
O Cd “Zé Vicente da Paraíba, Viola e Amigos” tem a participação de repentistas como Raulino Silva, Rogério Meneses, Hipólito Moura, Antonio Lisboa, Edmilson Ferreira, Raimundo Caetano, Severino Feitosa e Daudete Bandeira, Oliveira de Panelas, bandas de pífanos, o forrozeiro Valdir Santos, o grande João do Pife, Tavares da Gaita. Só gênios do improviso e da poesia nordestina.
ei me flala quando o folclore surgiu
ResponderExcluirVocê pergunta do folclore brasileiro?
ResponderExcluirNo Brasil o folclore surgiu de fusões e de intercâmbios, de culturas antigas, como as indígenas, as africanas, européias e da própria imigração de norte a sul, de leste a oeste desse país de dimensões continentais. Ou seja, desde que os “gringos” se misturaram com os nativos (os índios) que existe folclore.
No mundo, não sabe-se exatamente quando surgiu o folclore, acredita-se que desde o começo das civilizações já se manifestava crenças culturais em cada povoado.
Leia mais nesse artigo.
REI VIOLEIRO
ResponderExcluirLetra: Herbert Lucena
Não existi baião sem ter viola
Nem viola sem ter um desafio
Nem peleja que deixe por um fio
O Violeiro-Mestre na sacola
Ele tira os versos da cachola
Com um belo galope improvisado
Para quem ta ouvindo ali do lado
Aprender como faz melhor repente
Só quem sabe essa arte é que sente
O deleite em um verso bem bolado
Com rima, verso e poesia
Construiu o seu legado
Foi cantador afamado
De prosa em demasia
Fez a sua travessia
Lá pras bandas do sertão
Com viola sempre a mão
Decantou a Natureza
Com toda a arte e destreza
Fez escola no repente
Nordestino de Nobreza
Violeiro Zé Vicente
Nasceu lá na Paraíba
Em Pernambuco viveu
Todo nordeste cresceu
E banhou com sua liba
Não há vate que exiba
Dom Maior na poesia
Como ele bem sabia
Declamar a Natureza
Sutilmente, com leveza
Educado e prudente
Nordestino de Grandeza
Violeiro Zé Vicente
Peleja em pé de parede
Foi a profissão mais nobre
Onde defendia o cobre
Para se deitar na rede
Comprar pão, matar a sede
Era pouco o que sobrava
Mesmo assim não recuava
Seguiu sempre com firmeza
Jogou verso em correnteza
Colheu e plantou semente
Nordestina Realeza
Do poeta Zé Vicente