Por Marco Di Aurélio
Imagine um paraíso
em todo seu esplendor
sem ter plantação de cana
sem patrão explorador
sem carecer presidente
muito menos um suplente
deputado ou senador.
Imagine um paraíso
sem a tal poluição
sem ter urna, sem ter voto
sem dia de eleição
sem ter cachorro endoidando
sem nenhum cabra roubando
sem casa de detenção.
Imagine o céu na terra
sem igreja que nos diga
penitência pros pecados
por falta de uma intriga
o amor virando a serra
o mundo sem uma guerra
nem ninguém que se maldiga.
em todo seu esplendor
sem ter plantação de cana
sem patrão explorador
sem carecer presidente
muito menos um suplente
deputado ou senador.
Imagine um paraíso
sem a tal poluição
sem ter urna, sem ter voto
sem dia de eleição
sem ter cachorro endoidando
sem nenhum cabra roubando
sem casa de detenção.
Imagine o céu na terra
sem igreja que nos diga
penitência pros pecados
por falta de uma intriga
o amor virando a serra
o mundo sem uma guerra
nem ninguém que se maldiga.
Marco é um grande artista pernambucano radicado na Paraíba. Foi autor da primeira edição de literatura de cordel no sistema Braille no Brasil, transita pelas artes plásticas, pelo cinema, pela fotografia, pelos palcos e pelos contos.
Foto e cordel: Marco Di Aurélio
Marcos:
ResponderExcluirEste poema do Marco me faz ter certeza que ultimamente habito o inferno. O RS está atolado em mar de lama. Mesmo assim, a esperança é a última que morre. Espero que esta situção sirva para tirar a soberba que sempre infestou a mente deste povo de nariz empinado, e posso assim falar com autoridade porque sou gaúcha e ultimamente a minha auto-estima foi para o brejo.
Abraço, amigo!
Re
Ah, esse poema está parecendo uma versão matuta de 'imagine", de John Lennon...
ResponderExcluirTenho certeza que se John Lennon morasse no sertão teria feito essa versão ai!
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