29 março 2010

Conheça as meninas do Grupo Clã Brasil


Analisar o grupo Clã Brasil é fugir da metáfora sem destrancar-nos da poesia. Realidade cristalina, as meninas que formam esse núcleo de sublime construção musical são ao mesmo tempo doces, amorosas e guerreiras. São flores que têm lá seus espinhos guardiões da sua compreensão musical: a defesa inegociável das legítimas tradições estéticas oriundas de mestres como Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Antônio Barros, Jacinto Silva, Gordurinha, Elino Julião, entre outros.

Clã Brasil & Marinês - Bate coração
Clã Brasil - Sebastiana
Clã Brasil e Dominguinhos - Isso aqui está bom demais
Clã Brasil - Banquete dos signos & Disparada

Levemos em conta também o fato de que o quarteto fantástico não caiu na pauta musical de pára-quedas. As quatro garotas são estudiosas, freqüentam os bancos acadêmicos e têm plena noção de teoria e prática na arte que escolheram por empunhar como suas espadas de peso justo. Não devemos ouvi-las com mas-mas e nem poréns. Devemo-las sagrar como realidade, conscientes de que é uma realidade que ainda evoluirá bastante, e que, excetuando mudança de ventos, será uma realidade nacional e, quiçá, internacional.

Jovens, sim, jovens. Mas não as tratemos como menininhas prodígios que merecem atenção apenas pela pouca idade. Poucos são os marmanjos que tocam como elas, hoje em dia.

Louvemo-las como grandes artistas desabrochadas e bafejadas pelo plenilúnio criativo. Elas sempre me emocionam. Seja no forró seja no chorinho o Clã Brasil é a fortuna musical que o Nordeste esperava para negar definitivamente as falsas bandas de forró. O diálogo musical aqui está em outro nível, as meninas catam inspiração nas nuvens alvas divinais. Não são mercenárias e nem se deslumbram. A música é Paixão e Sacerdócio para elas. E ninguém mais as represará. Porque, sem a menor dúvida, Deus está tocando com elas. E elas são tocadas por Deus.

Ricardo Anísio
Crítico musical, poeta e produtor

23 março 2010

O surgimento da mentira no Brasil

O surgimento da mentira no Brasil
(Manoel Messias Belizario Neto)


Leitor para ser um homem
Ou uma mulher de verdade
A criatura precisa
Ter no mínimo honestidade
Que é a mãe dos princípios
Morais de uma sociedade.

Hoje em dia é comum
Homem e mulher de mentira.
Nesse verso vou narrar
De onde isto surgira.
Trazer à tona a verdade.
Esta é a minha mira.

Toda a saga tem início
Nas plagas de Portugal
Ainda na construção
Da esquadra de Cabral.
A mentira se escondeu
No porão de uma nau.

Coitada quase morreu
De calor, fome e sede.
Porém aguentou calada,
Encostada na parede.
Pensando:’que bom seria
Se já existisse rede’!

Quando em 1500
Cabral chegou no Brasil
A mentira, de fininho,
Do seu recanto saiu.
Passou pelos tripulantes.
Pulou no mato e sumiu.

A verdade já morava
Nas terras de Pindorama.
Ninguém avisou a ela
Para apagar as chamas
Que a mentira acendia
Em favor de sua trama.

A mentira foi ganhando
Importância no reinado.
Disfarçada de verdade
Tinha todos do seu lado.
Portugueses e indígenas
Por ela foram enganados.

Já a verdade, coitada,
Caiu numa confusão.
Confundida com a mentira
Foi levada à inquisição.
Escapando da fogueira
Exilou-se no sertão.

Por isso que no sertão
Inda hoje tem sofrimento.
Porque a verdade quer
Eleger seu movimento.
Mas a mentira vem antes
E conquista o parlamento.

Com a verdade exilada
A mentira ganha fácil.
Vai abrindo filiais
No país sem embaraço.
Aonde hoje é Brasília
Ela constrói seu palácio.

Nos fundos deste palácio
Ela faz seu cemitério.
Quem foi enterrado lá?
Até hoje é um mistério.
No lugar hoje se encontra
O prédio dos ministérios.

Já em 1700
Com o mundo modernizado
A mentira deicidiu
Abandonar seu reinado.
Em pouco tempo o palácio
Estava arruinado.

Na década de 50,
Coitado de JK!
Inocente escolheu
O mesmíssimo lugar
Que a mentira habitou
Para a Brasília implantar.

Pou um tempo no país
Houve paz e harmonia.
Foram buscar a verdade.
Deram-lhe a anistia.
Pena que a tempestade
Vem depois da calmaria.

Porque a mentira estava
Na Europa passeando
Quando viu numa esquina
Um jornaleiro gritando
Que a capital brasileira
Estaria prosperando.

A mentira ao vir a foto
Conheceu na mesma hora.
Passou um desconhecido
E perguntou: ‘por que chora’?
A mentira disse:’eu
Estou muito triste agora’.

‘Há alguns anos atrás
E morei em um país.
Lá fiz amigos, riqueza,
Aprontei tudo o que quis.
Escolhi um lugar lindo
E ergui uma matriz.’

‘Por estar podre de rica
Resolvi abandonar
O país e me botei
Por este mundo a andar.
Curtir a vida e também
Outro povo atasanar.’

‘Vi agora no jornal
Que minha linda morada,
Construída com suor,
Dela não resta mais nada.
Fizeram uma cidade
Onde ficava a coitada.’

‘Sabe de uma coisa, amigo,
Farei a seguinte trilha:
Vou retornar ao Brasil,
À cidade de Brasilia.
O bom filha a casa torna,
Para rever a família’.

‘Quero de volta o palácio
Porque é meu de direito.
Se eu não for atendida
Levarei tudo no eito.
Dissemino a inverdade.
Todo o país desajeito.’

Ao dizer isto partiu
De trem, rumo aoceano.
Pegou o primeiro navio.
Tracou um único plano:
Ou tinha tudo de volta,
Ou espalharia dano.

Numa tarde de verão
Ela aporta na Bahia.
Vê um Brasil diferente
Daquele que conhecia.
Agradou-se do lugar,
Porém ficar não podia.

Quando chegou em Brasília
Ficou muito emocionada
Ao rever aquelas terras
Que fora sua morada
Cheia de gente vivendo
Em casas modernizadas.

Avistou a Esplanada
Dos Ministérios pomposa.
Disse: ‘não tenho o palácio,
Minha mansão fabulosa.
Mas tenho em seu lugar
Uma construção honrosa’.

‘Sabe de uma coisa, amigo,
Não quero a morada antiga.
Vou ficar é nesta nova.
Besteira entrar em briga.
O chalé aqui é grande.
Qualquer quartinho me abriga.’

A mentira se instalou
No prédio da Esplanada
Do Ministérios e até
Hoje lá está plantada.
Vez em quando sai da toca
Pra tomar sol na calçada.

Às vezes ela percorre,
Em excursão, o Brasil.
Depois volta alegremente
Com um olhar infantil
À sua eterna morada.
Tem recepção gentil.

Por isso, caros leitores,
Que temos corrupção.
Não culpe a classe política.
Dê a ela seu perdão.
A culpa é dessa mentira
Em constante tentação.


18 março 2010

Poesia: "Na porta do cu do dono"



Na porta do cu do dono
(Zé Marcelino e Maciel Melo)

Essa rola antigamente
Vivia caçando briga
Furando pé de barriga
Doidinha pra fazer gente
Mas hoje tá diferente
No mais profundo abandono
Dormindo um eterno sono
Não quer mais saber de nada
Com a cabeça encostada
Na porta do cu do dono

Já fez muita estripulia
Cavou buraco de cu
Mais parecia um tatu
Fuçava tudo que via
Reinava na putaria
O priquito era seu trono
Trepava não tinha sono
Toda buceta era amada
Mas hoje vive enfadada
Na porta do cu do dono

Nunca mais desvirginou
Uma mata vaginosa
Há muito tempo não goza
A noite de gala passou
Vive cheia de pudor
Sonolenta e sem abono
Faz da ceroula um quimono
E da cueca uma estufa
Vive hoje a cheirar bufa
Na porta do cu do dono

16 março 2010

Retirei seu retrato da carteira




Retirei seu retrato da carteira
(Poeta José Adalberto)

Seu veículo de amor ainda cabe
Na garagem do peito que era seu
O chassi do seu corpo está no meu
Se eu tentar alterá-lo, o mundo sabe
Não existe paixão que não se acabe
Mas amor não possui limitação
Vai além das fronteiras da Razão
E o que eu sinto por ela é sem fronteira
Retirei seu retrato da carteira
Sem tirar seu amor do coração

Da carteira eu tratei de dar um jeito
De tirar sua foto de olhos vivos
Mas não pude apagar os negativos
Que ficaram gravados no meu peito
Junto à lei nosso caso foi desfeito
A igreja anulou nossa união
Mas do peito eu não tive condição
De tirar esse amor por mais que eu queira
Retirei seu retrato da carteira
Sem tirar você do coração

Seu retrato foi todo incinerado
Mas até na fumaça deu pra vê-la
Não há nada que faça eu esquecê-la
Eu nem sei se por ela sou lembrado
Meu desejo inda tá contaminado
Pelo vírus da sua sedução
Junta médica não faz intervenção
Se souber que a doença é roedeira
Retirei seu retrato da carteira
Sem tirar seu amor do coração

Esse meu coração só pensa nela
Apesar de bater no meu reduto
Cento e vinte pancadas por minuto
São as vinte por mim, as cem por ela
Eu com raiva, rasguei a foto dela
Mas amor não se rasga com a mão
Se vontade rasgasse ingratidão
Eu só tinha deixado a pedaceira
Retirei seu retrato da carteira
Sem tirar seu amor do coração



Declamação realizada pelo poeta Cícero Moraes

15 março 2010

Caboquinho e seus convidados - Repentistas do nordeste


Disponibilizo a vocês uma raridade para downloads no Rapidshare e Megaupoad. O poeta Caboquinho cantando com grandes nomes do repente nordestino, tais como:

Zé Pedreira
João Ramos
Manoel Bonfim
Flávio Pereira
Dadinho
Zezinho da Bahia
Miguelzinho
Davi Ferreira
Ribeirinho


Vila de Patos

10 março 2010

Lista de provérbios e ditos populares


Uma lista com mais de 400 provérbios e ditos populares!

A
A César o que é de César, a Deus o que é de Deus.
A amar e a rezar ninguém se pode obrigar.
A bom entendedor meia palavra basta.
A bom gato, bom rato.
A cavalo dado não se olham os dentes.
A concha é que sabe o calor da panela.
A corda sempre arrebenta pelo lado mais fraco.
A grandes males, grandes remédios.
A justiça tarda, mas não falta.
A lua não fica cheia em um dia.
A melhor espiga é para o pior porco.
A mentira tem pernas curtas.
A morte não espera.
A mulher e a pescada querem-se das mais gradas.
A mulher e a sardinha querem-se das mais pequeninas.
A mulher é como o pão, está sempre a olhar para a mão.
A má erva depressa nasce e tarde envelhece.
A necessidade ensina a lebre a correr.
A necessidade faz a lei.
A noite é boa conselheira.
A ocasião faz o ladrão.
A palavra é prata, o silêncio é ouro.
A palavras loucas orelhas moucas
A palavras loucas, orelhas moucas.
A perna não faz o que o joelho quer.
A pior roda é a que mais chia.
A pressa é inimiga da perfeição.
A primeira pancada é que mata a cobra.
A quem Deus não deu filhos, deu o diabo sobrinhos.
A ruim capelão, mau sacristão.
A santo que não conheço, não rezo nem ofereço.
A união faz a força.
A velho recém-casado, reza-lhe por finado.
Albarda-se o burro à vontade do dono.
Além ou aquém, sempre vejas com quem.
Amarra-se burro à vontade do dono.
Amigo disfarçado, inimigo dobrado.
Amigos, amigos; negócios, à parte.
Amizade remendada, café requentado.
Amor com amor se paga.
Amor e dinheiro não querem parceiro.
Amor é a gente querendo achar o que é da gente.
Amor é sede depois de se ter bebido.
Anda em capa de letrado muito asno disfarçado.
Antes calar que mal falar.
Antes causar inveja que dó.
Antes fanhoso que sem nariz.
Antes perder a lã que a ovelha.
Antes só do que mal acompanhado.
Antes tarde do que nunca.
Ao menino e aos borracho põe sempre eus a mão por baixo.
Ao rico não faltes, ao pobre não prometas
Apos a desgraça (tempestade) vem a bonança
Aqui se faz, aqui se paga.
As paredes têm ouvidos.
As rosas caem os espinhos ficam
Asno que a Roma vá, asno volta de lá.
Atrás de quem corre não falta valente.
Azeite, vinho e amigo: melhor o antigo.
À noite todos gatos são pardos.
Água e conselho só se dão a quem pede.
Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
Águas passadas não movem moinhos.


B
Barriga cheia, companhia desfeita.
Bastante sabe quem não sabe, se calar sabe.
Boi ladrão não amanhece em roça.
Boi sonso, chifrada certa.
Batendo ferro é que se fica ferreiro.
Beleza não se põe a mesa.
Bem sabe o asno em que casa rosna.
Bom vinho dispensa pregão.
Briga o mar com a praia, quem paga é o caranguejo.
Burro morto cevada ao rabo.
Burro velho não aprende.


C
Cada cabeça, cada sentença.
Cada leitão em sua teta.
Cada louco com sua mania.
Cada macaco no seu galho.
Cada ovelha com sua parelha.
Cada qual canta como lhe ajuda a garganta.
Cada qual com seu igual.
Cada qual sabe onde lhe doem os calos.
Cada terra com seu uso, cada roca com seu fuso.
Cada um dá o que tem.
Cada um por si, Deus por todos.
Cada um puxa a brasa para a sua sardinha.
Caiu na rede é peixe.
Caiu no saco é gato.
Caminho começado é meio andado.
Candeia que vai à frente alumia duas vezes.
Casa arrombada , tranca na porta.
Casa o filho quando quiseres, a filha quando puderes.
Casa onda não há pão, todos brigam e ninguém tem razão.
Casa onde não entra sol, entra o médico.
Casa-te e verás: perdes o sono e mal dormirás.
Casarás, amansarás e te arrependerás.
Cesteiro que faz um cesto faz um cento.
Cobra que não anda não apanha sapo.
Coice de égua não machuca cavalo.
Coisa oferecida ou está podre ou está moída.
Com fogo não se brinca.
Comer e coçar, é só começar.
Comer para viver, e não viver para comer.
Confiança não se dá e não se toma emprestado, conquista-se.
Conforme se toca assim se dança
Contra a má sorte, coração forte.
Coração que suspira não tem o que deseja.
Cria fama e deita-te na cama.
Cão que ladra não morde.
Cão que ladra não morde.


D
Da discussão nasce a luz.
De Espanha, nem bom vento nem bom casamento.
De algodão velho não se faz bom pano.
De boas intenções o inferno está cheio.
De boi manso me guarde Deus, que de bravo me guardo eu.
De casa de gato não sai farto o rato.
De graça só relógio trabalha, e assim mesmo quer corda.
De graça só se dá bom dia.
De grão em grão a galinha enche o papo.
De janeiro a janeiro o dinheiro é do banqueiro.
De médico, poeta e louco, todo mundo tem um pouco.
De pensar morreu um burro.
De pequenino se torce o pepino.
De pequenino é que se torce o pepino.
De tostão em tostão vai-se ao milhão.
Defunto rico, defunto chorado.
Deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer.
Deixa estar, jacaré, que a lagoa há de secar.
Depois da batalha aparecem os valentes.
Depois da calma vem a tempestade.
Depois da noiva casada não lhe faltam pretendentes.
Depois da tempestade vem a bonança.
Depois de casa roubada, trancas na porta.
Depois de rapar não há o que tosquiar.
Desgraça pouca é bobagem.
Deus dá nozes a quem não tem dentes e dá dentes a quem não tem nozes
Deus dá nozes a quem não tem dentes.
Devagar com o andor, que o santo é de barro.
Devagar se vai ao longe.
Devagar se vai ao longe.
Dinheiro não tem cheiro.
Diz-me com quem andas dir-te-ei quem és
Diz-me com quem tu andas que eu te direi quem tu és.
Do homem é o errar, da besta, o teimar.
Do pasto à boca se perde a sopa
Do prato à boca é que se perde a sopa.
Dois bicudos não se beijam.
Dos males, o menor.


E
Em boca fechada não entra mosca.
Em briga de marido e mulher, não metas a colher.
Em casa de enforcado, não fales em corda.
Em casa de ferreiro, espeto de pau.
Em pé de pobre é que o sapato aperta.
Em tempo de guerra, mentira é como terra.
Em terra de cego, quem tem um olho é rei.
Em terra de cegos quem tem um olho é Rei
Enquanto há vento, molha-se a vela.
Enquanto o pau vai e vem folgam as costas.
Entrada de leão, saída de cão.
Entre marido e mulher não se mete a colher.
Errando é que se aprende.
Errar é humano.
Erudito sem obra é nuvem sem chuva.
Erva má, depressa cresce.
Escreveu não leu, o pau comeu.
É leve o fardo no ombro alheio.
É mais fácil prometer do que dar.
É melhor andar a pé do que montar em burro magro.
É melhor não soltar rojão antes do tempo.
É melhor prevenir do que remediar.
É na sela que o burro conhece o cavaleiro.
É nos tempos maus que se conhecem os bons amigos.
É preciso ver para crer.


F
Falar é fácil, fazer é que é difícil.
Falar sem pensar é atirar sem apontar.
Faz mais quem quer do que quem pode.
Faça o bem sem olhar a quem.
Fé em Deus e pé na tábua.
Feio é roubar e não poder carregar.
Ferro se malha enquanto está quente.
Filho de onça já nasce pintado.
Filho de peixe, peixinho é.
Filho de peixe sabe nadar


G
Gaivotas em terra tempestade no mar.
Galinha que canta é que é a dona dos ovos.
Galinha velha faz bom caldo
Gato escaldado de água fria tem medo.
Gato escaldado tem medo de água fria.
Generoso como ninguém é aquele que nada tem.
Grande gabador, pequeno fazedor.
Grande nau grande tormenta
Grão a gráo enche a galinha o papo.
Guarda de comer não guardes que fazer.
Guarda te do homem que não fala e do cão que não ladra.


H
Há males que vem para bem.
Há sempre um chinelo velho para um pé doente.
Homem sem dinheiro é um violão sem cordas.
Homem pequenino, ou velhaco ou bom dançarino.
Homem prevenido vale por dois
Hora de morrer não tem retardo.


J
Janeiro fora, mais uma hora


L
Ladrão de tostão, ladrão de milhão.
Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão.
Laranja: de manha ouro, à tarde é prata, de noite mata.
Lava mais água suja do que mulher asseada.
Leite de vaca não mata bezerro.


M
Macaco velho não mete a mão em cumbuca.
Madruga e verás, trabalha e terás
Mais anda quem tem bom vento do que quem muito rema.
Mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo.
Mais fácil acender uma vela que amaldiçoar a escuridão.
Mais fácil é o burro perguntar do que o sábio responder.
Mais vale burro vivo do que sábio morto.
Mais vale um ?toma?do que dois ?te darei?.
Mais vale um cachorro amigo do que um amigo cachorro.
Mais vale um mau acordo que uma boa demanda
Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar.
Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.
Mais vale um pé do que duas muletas.
Mal virá que bem se fará.
Manda e faz servido serás
Manhã de nevoeiro, tarde de sol soalheiro
Mis vale não dizer nada, que nada dizer
Muito riso, pouco siso
Muito riso, pouco siso.
Muitos entram lambendo e saem mordendo.
Mulher de cabelo na venta nem o diabo agüenta.
Mão de mestre não suja ferramenta.
Mãos frias coração quente/amor ardente/paixão para sempre.
Mãos frias, coração quente.
Mãos que não dais, por que esperais?


N
Nada como um dia depois do outro.
Nem sempre galinha, nem sempre sardinha
Nem sempre o diabo é tão feio quanto o pintam.
Nem tanto ao mar, nem tanto à terra.
Nem todo dia se como pão quente.
Nem tudo o que balança cai.
Nem tudo o que luz é ouro
Nem tudo o que sobe cai
Nem tudo que reluz é ouro.
Ninguém diga: desta água não beberei
Ninguém fica para semente.
Ninguém se levanta sem primeiro cair
Ninguém toca flauta e chupa cana ao mesmo tempo.
No duro ninguém se atola, nem faz poeira no mole.
No fim é que se cantam as glórias.
No frigir dos ovos é que se vê a manteiga.
Nunca digas: desta água não beberei.
Não adianta gritar por São Bento, depois que a cobra mordeu.
Não censure dor alheia quem nunca dores sentiu.
Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje.
Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje.
Não dá quem tem, dá quem quer bem
Não faças aos outros aquilo que não queres que te façam.
Não há bem que sempre dure, nem mal que sempre se ature.
Não há domingo sem missa, nem segunda sem preguiça.
Não há duas sem três
Não há regra sem exceção, nem mulher sem senão.
Não há rosas sem espinhos.
Não se amarra cachorro com lingüiça.
Não te metas a comprar o que não podes pagar
Não é com palha que se apaga o fogo.
Não é o mel para a boca do asno.
Não é o sol que faz a sombra.


O
O barato sai caro.
O boi é que sobe, o carro é que geme.
O carro não anda adiante dos bois.
O castigo anda a cavalo.
O feitiço costuma virar contra o feiticeiro.
O fim coroa a obra.
O homem propõe e Deus dispõe.
O hábito não faz o monge (mas fá-lo parecer de longe).
O lobo perde o pelo mas não o vício.
O medo é mau companheiro.
O prometido é devido.
O que arde cura, o que aperta segura.
O que os olhos não vêem o coração não sente.
O que é do homem o bicho não come.
O saber não ocupa lugar.
O seguro morreu de velho e a prudência fui ao enterro (funeral)
O seguro morreu de velho.
O seu a seu dono
O sol nasce para todos, a lua para quem merece.
O uso do cachimbo faz a boca torta.
Obra apressada, obra estragada.
Olho por olho dente por dente.
Onde como um, comem dois.
Onde há fumaça, há fogo.
Onde o ouro fala, tudo cala.
Onde vai a corda, vai a caçamba.
Os cães ladram e a caravana passa.
Os homens não se medem aos palmos.
Ovelha que berra bocado que perde.


P
Paga o justo pelo pecador.
Palavra de rei não volta atrás.
Palavras não enchem barriga.
Palavras, leva-as o vento.
Pancada de amor não dói.
Panela que muitos mexem foi sempre mal temperada.
Papagaio como milho, periquito leva a fama.
Para amigo urso, abraço de tamanduá.
Para baixo, todos os santos ajudam.
Para bom entendedor meia palavra basta
Para bom mestre não há má ferramenta.
Para grandes males, grandes remédios.
Para quem está perdido, qualquer mato é caminho.
Parecer sem ser é fiar sem tecer.
Passinho a passinho se faz muito caminho.
Patrão fora dia santo na loja.
Patrão fora, feriado na loja.
Pau que nasce torto, não tem jeito, morre torto.
Pedra que rola não cria limo.
Pela boca morre o peixe.
Pelo S. João ceifa o teu pão
Pelo andar dos bois se conhece o peso da carroça.
Pelo canto se conhece a ave.
Perdendo tempo não se ganha dinheiro
Pimenta nos olhos dos outros é refresco.
Pior cego é o que não quer ver.
Pobreza não é vileza.
Por fora, bela viola, por dentro, pão bolorento.
Praga de urubu não mata cavalo.
Pratica o Bem sem olhar a quem
Primeiro a obrigação, depois a devoção.
Pé de galinha não mata pinto.


Q
Quando a barriga está cheia, toda goiaba tem bicho.
Quando a esmola é demais, o santo desconfia.
Quando o dinheiro fala, tudo cala.
Quando o pobre come frango, um dos dois está doente.
Quando pobre come vitela, um dos dois está doente.
Quando um burro fala o outro baixa as orelhas.
Quando um burro fala, os outros abaixam as orelhas.
Quando um não quer, dois não brigam.
Quanto mais se vive, mais se aprende.
Quem a alto sobe de alto cai
Quem ama o feio, bonito lhe parece.
Quem anda na chuva se molha.
Quem ao moinho vai, enfarinhado sai.
Quem avisa amigo é.
Quem bem ouve, bem responde.
Quem boa cama faz, nela se deita.
Quem brinca com fogo se queima.
Quem cala consente.
Quem canta seus males espanta.
Quem canta, seus males espanta.
Quem casa não pensa, quem pensa não casa.
Quem casa quer casa.
Quem casa quer casa.
Quem com ferro fere, com ferro será ferido.
Quem com os cães se deita, com pulgas se levanta.
Quem conta um conto aumenta um ponto.
Quem corre por gosto não cansa
Quem de longe acena, de perto se condena.
Quem desdenha quer comprar
Quem desdenha quer comprar.
Quem diz o que quer, ouve o que não quer.
Quem dá aos pobres empresta a Deus.
Quem dá o que tem a mais não é obrigado.
Quem espera desespera.
Quem espera sempre alcança
Quem espera sempre alcança.
Quem furta pouco é ladrão, que furta muito é barão.
Quem muito fala pouco acerta
Quem muito fala, muito erra.
Quem muito fala, pouco acerta
Quem muito pede, muito fede.
Quem muito quer saber, mexerico quer fazer.
Quem muito se abaixa mostra o rabo.
Quem má cama faz, nela jaz.
Quem nasce torto morre envergado.
Quem nasceu para dez réis não chega a vintém.
Quem nasceu para tatu morre cavando.
Quem nunca comeu melado quando come se lambuza.
Quem não arrisca, não petisca.
Quem não cansa, alcança.
Quem não chora não mama.
Quem não chora não mama.
Quem não deve não teme
Quem não deve não teme.
Quem não pode com mandinga não carrega patuá.
Quem não pode morder não mostre os dentes.
Quem não poupa reais não junta cabedais
Quem não quer ser lobo não lhe vista a pele.
Quem não sabe dançar, diz que a sala está torta.
Quem não se enfeita se enjeita.
Quem não tem cão caça com gato.
Quem não trabuca não manduca
Quem o alheio veste na praça pública o despe.
Quem o feio ama, bonito lhe parece
Quem os meus filhos beija, minha boca adoça
Quem ovelhas cria, tolo é se não as tosquia.
Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte, ou é burro o não tem arte.
Quem perde a honra pelo negócio, perde a honra e o negócio.
Quem perde a vergonha fica dono do mundo.
Quem planta colhe.
Quem pode o mais, pode o menos.
Quem procura acha.
Quem quer a rosa, agüente o espinho.
Quem quer bolota sobe à carvalha
Quem quer vai, quem não quer manda.
Quem quer vencer, aprenda a sofrer.
Quem sai aos seus não degenera.
Quem semeia ventos colhe tempestades.
Quem tem boca não manda soprar.
Quem tem boca vai a Roma.
Quem tem cu tem medo.
Quem tem rabo de palha não senta perto do fogo.
Quem tem telhado de vidro não atira pedra no do vizinho.
Quem tudo quer tudo perde
Quem tudo quer tudo perde.
Quem tudo quer tudo perde.
Quem vai ao mar perde o lugar.
Quem vê cara não vê coração.
Quem vê caras não vê corações
Quem é bom já nasce feito.
Quem é vivo sempre aparece.
Quer quer faz, quem não quer manda.
Querer é poder.


R
Ri melhor quem ri por último.
Ri-se o roto do esfarrapado e o sujo do mal lavado.
Rico quando corre é atleta, pobre quando corre é ladrão
Roma não se fez num só dia.
Roupa suja lava-se em casa.


S
Saco vazio não fica em pé.
Santo de casa não faz milagre.
Se a esmola é grande o santo desconfia
Se queres ser bom juiz, ouve o que cada um diz.
Sinal na perna mulher de taberna.
Sinal no braço mulher de desembaraço.
Sinal no peito mulher de respeito.
São mais as vozes que as nozes.
Só se lembram de St. Bárbara quando faz os trovões.


T
Tal tratito, tal trabalhito
Tamanho não é documento.
Tanto vai o cão ao moinho que um dia lá deixa o focinho.
Tempo é dinheiro.
Tristezas não pagam dívidas.
Tão ladrão é o que vai à horta como o que fica à porta.


U
Um dia é da caça, outro do caçador.
Um homem prevenido vale por dois.
Um mal nunca anda só (sozinho)
Uma andorinha só não faz verão.
Uma mão lava a outra, ambas lavam o rosto.
Urubu quando está infeliz cai de costas e quebra o nariz.


V
Vale mais prevenir que remediar
Vale mais pão duro que figo maduro
Vem a ventura a quem procura.
Vingar é lamber frio o que outro cozinhou quente demais.
Vintém poupado, vintém ganho.
Viúva rica com um olho chora, com o outro repenica.
Vão-se os anéis, fiquem os dedos.
Vão-se os gatos, folgam os ratos.
Vê quem pisas na subida, porque irás encontrá-los na descida.
Vê-se pela aragem quem vai na carruagem


Veja o verdadeiro significado de alguns provérbios

09 março 2010

Provérbios e ditos sobre a velhice


Com relação aos idosos, do qual tenho muito respeito e admiração, a rivalidade ou gozação vem de muito longe. E tanto é assim que a sabedoria popular registra provérbios antiquíssimos, chegados até nós através da colonização portuguesa e, enquanto alguns perderam sua atualidade, outros continuam participando da linguagem popular brasileira ainda com a mesma força, constando também das legendas escritas nos pára-choques dos caminhões.

Assim, a velhice "é um mal desejado", "é uma segunda meninice", "faz o homem prudente". E "a vida passada faz a velhice pesada", enquanto a "mocidade ociosa não faz velhice contente". No que diz respeito aos velhos, os provérbios são os mais variados possíveis e se contradizem no todo ou em parte.

• Mais quero o velho que me ame do que o moço que me assombre.
• Moça com velho casada, como velha se trata.
• Ainda que seja prudente, o velho não despreza conselho.
• Guarda moço, acharás velho.
• O moço por não querer e o velho por não poder deixam as coisas perder.
• Perde-se o velho por não poder e o moço por não saber.
• Quem quiser ser muito tempo velho, comece-o a ser cedo.
• Quem em velho engorda, de boa mocidade se logra.
• 0 velho e o peixe no sol aparecem.
• 0 velho a estirar, o Diabo a enrugar
• Se queres viver são, faz-te velho antes do tempo.
• Homem velho, saco de azares.
• 0 amor no velho traz culpa, mas no mancebo fruto.
• De velho, o conselho.
• 0 velho muda o conselho.
• Em o velho e o menino o benefício é perdido.
• 0 velho torna a engatinhar.
• Se queres bom conselho, pede-o ao homem velho.
• Vinho velho, amigo velho.
• Velho gaiteiro velho menino.
• Não há melhor espelho do que amigo velho.
• A velha galinha faz gorda a cozinha.
• Se o moço soubesse e o velho pudesse nada haveria que não se fizesse.
• Queda de velho não levanta poeira.
• Velho que se cura cem anos dura.
• Pai velho e mangas rotas, não é desonra.
• Come, menino e criar-te-hás; come, velho e viverás.
• Mal vai a corte onde o boi velho não tosse.
• A mula velha cabeçadas novas.
• Quem tem velho não tem novo.
• Tomar atalhos novos e deixar caminhos velhos.
• Carne nova de vaca velha.
• Velhos amigos, contas novas.
• 0 moço dormindo, sara,- o velho, se acaba.
• 0 velho e o forno pela boca se aquentam
• Velho na sua terra e o moço na alheia sempre mentem de uma maneira.
• Velho que não anda, desanda.
• Velhos são os trapos.
• Carreira de velho é choto.
• Velho que não adivinha não vale uma sardinha
• 0 moço de bom juízo quando velho é adivinho.
• Arrenega ao velho que não adivinha.
• Não há moço doente nem velho são.
• Não diga ao velho que se deite nem ao menino que se levante.
• Velho não se senta sem "Ui!", nem se levanta sem "Ai!"
• Incha o menino para crescer e o velho para morrer.
• Não há sábado sem sol. Nem jardim sem flores. Nem velhos sem dores. Nem moças sem amores.
• Papagaio velho não aprende a falar.
• Saúde de velho é muito remendada.
• Se eu gostasse de velho ia trabalhar em museu.
• Velho? Só vinho, perfume, dinheiro e viúva rica.
• Pote velho é que esfria água.
• Burro velho não toma freio.
• Mais vale estrada velha do que vereda nova.
• Tatu velho não caí em mundeu.
• Nunca deixe o amigo velho pelo novo.
• Ao velho que muda de clima e costumes, é morte certa.
• Azeite, vinho e amigo, o mais antigo,
• Quem gosta de velho é reumatismo, cadeira de balanço, fila do INPS e rede.
• Velho é como panela, rede e balaio: só se acaba pelos fundos.
• Quem gosta de velho é vento encanado.

Veja mais provérbios e ditados populares

Diz-se do velho muito velho que ele é "velho como a Sé do Braga", que "já pendurou as chuteiras", que "está mijando nos pés", que é "bananeira que já deu cacho", "que já está de cachimbo apagado", "que é do tempo em que se amarrava cachorro com linguiça", "que é mais velho do que a posição do cagar de cócoras".

Há os velhos que não gostam de ser chamados de velhos, e dizem: "velho é o tempo", "velho é a estrada". Dizem que são, somente, usados.

E os velhos assanhados, - os que ainda não descobriram que ficaram velhos - quando vêem uma mulher bonita ficam gagos, trêmulos da cabeça aos pés, "mais contentes do que mosquito em pereba."

Em matéria de amor, os velhos não foram esquecidos: "Velho apaixonado com pouco tempo está casado, "Velho com amor, jardim com flor", ou "Velho com amor, morte em redor".

A sabedoria popular chega a ser cruel quando se refere à vida sexual dos velhos: "Ao velho recém-casado, rezar-lhe por finado", "Velho casado com moça de poucos anos corno. temos", "Não se deve acreditar em três coisas: lágrimas de viúva, arrufos de noivos e arranco de velho", e "Velho tem medo de vento pelas costas e de mulher pela frente".

Os velhos revidam os gracejos afirmando que "Coco velho é que dá azeite" e "A cavalo velho, capim novo", "Em panela velha é que se faz comida gostosa". E o que acontece com os velhos na língua do povo? Vejamos:

"Os cabelos embranquecem
A vista escurece
Os ouvidos emouquecem
Os dentes apodrecem
A barriga cresce
0 reumatismo aparece
A bunda amolece
Os ovos descem
As mulheres oferecem
E eles agradecem
E vão prá fila do INPS."



Velhice, Velhos: provérbios, ditos

do livro Velhos & Jovens: uma folclórica rivalidade
".


II Seminário Nacional da Indústria da Cultura


A Revista Conjuntura Econômica, através do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da Fundação Getulio Vargas, realiza no dia 30 de março, no Rio de Janeiro, o II Seminário Nacional da Indústria da Cultura.

O seminário, que faz parte do Projeto Pronac de número 07 10588, patrocinado pela OI e aprovado pelo Ministério da Cultura, tem por objetivo apresentar, identificar e debater os desafios e as perspectivas  da indústria cultural , que nos últimos anos tem apresentando  crescimento na economia mundial.

O Seminário se dividirá em módulos compostos por apresentações, seguidas de debates. Tópicos a serem focados:
•    Políticas Públicas para a Cultura: Financiamento, Legislação, Regulação;
•    Economia da Cultura: Oportunidades e Desafios;
•    Cultura Digital: Impacto das Novas Tecnologias.

Inscrição e contatos
Gratuita/ Vagas Limitadas
seminarios_ibre@fgv.br 
tel:  (21) 3799-6849/6850
fax: (21) 3799-6855

Local

Fundação Getulio Vargas - Auditório Engenheiro M.F. Thopmpson Motta
Praia de Botafogo, 190 12º Andar
Rio de Janeiro – RJ
Data e Horário: 30 de março de 2010  - 09h às 14h30

06 março 2010

Flor Mulher



Flor Mulher
(Manoel Messias Belizario Neto)

O senhor da criação,
No auge de seu amor,
Visita o jardim terrestre
E cria a mais linda flor
Cuja beleza é sempre
Celebrada com louvor.

Refiro-me à flor mulher
Que em toda situação
(se ela nasce na relva
Ou nas brenhas do sertão)
O amor é a lei maior
Que rege seu coração.

Como mãe ela exala
Amor incondicional
Sendo ou não correspondida
Pelo lado filial.
Dá a vida pela prole
Num momento crucial.

Como esposa se entrega
De corpo e alma ao marido.
Renuncia muita coisa
Em função do seu querido.
Colore a vida dele
Dando a esta mais sentido.

Conduz a sua família
Com mão de sabedoria.
Organização é arte
Que sempre lhe auxilia.
O seu estandarte é
Uma constante alegria.

Pergunto-te flor mulher:
Onde achas tanta ternura?
Como tu consegues ser
A mais bela criatura?
O que seria do homem
Se faltasse esta figura?

Como manter uma estrela
No céu claro escondida?
A flor mulher se destaca
Em todo o jardim da vida.
É a bondade divina
Na humanidade esculpida.

Houvera tantas batalhas
À conquista do jardim
Em busca de igualdade
Em relação ao capim.
A flor mulher não desiste
Resiste até o fim.

E assim vai conquistando
Espaço na sociedade.
“Uma flor mais que escândalo”!
“Respeite por caridade”!
Esta flor há muito tempo
Batalha por igualdade.

Diz-me amigo por que
Alguns homens sem valor
Vem agir com desrespeito
Com a nossa linda flor?
Porque um jardim sem rosas
É um deserto de dor.

Como pode haver no mundo
Alguém com tanta frieza
Para maltratar o ser
Mais lindo da natureza.
Querer através do mal
Ofuscar sua beleza?

Homem honre esta mãe,
Esta esposa, esta amiga.
Seus conselhos são a voz
De Deus por isso os siga.
Ela sempre quer livrá-lo
De toda e qualquer intriga.

Homem respeite esta mãe
Esta esposa, esta mulher.
Ame-a com todas as forças,
Pois sabes que ela é
Aquele ser que fará
Por ti tudo o que puder.